sábado, julho 04, 2009


"Você pode estar cansado de ouvir falar em Harry Potter. Afinal, meio mundo já leu sobre as aventuras do menino-bruxo nos quatro volumes até agora publicados pela escritora britânica J.K. Rowling. O outro meio mundo pode ter resistido, mas não vai passar ileso à estréia de Harry nos cinemas" (Flávia Pegorin, Revista Galileu 11/01).

Inicialmente pensei em colocar como título deste artigo: "Criticando Harry Potter", mas depois mudei de idéia. Criticar nunca é uma palavra muito agradável e geralmente ninguém morre de amores por ela. A julgar por algumas reuniões de pais e mestres, parece que criticar uma série que é best-seller entre adolescentes, não é visto com bons olhos. Mesmo quando a crítica recai sobre um assunto que fere os conceitos cristãos, ela muitas vezes é mal compreendida e pouco aceita. É sob esse ponto de vista cristão, após ter lido os quatro primeiros volumes da série Harry Potter, que eu gostaria de fazer algumas considerações a respeito do menino-bruxo:

1. PRÁTICA A FEITIÇARIA:
Pessoalmente, eu não conheço nenhum pai cristão que tenha presenteado seu filho com um manual de bruxaria. Contudo, conheço alguns pais, que ingenuamente deram a seus filhos um manual de bruxaria camuflado (um dos livros da série Harry Potter). O livro de Harry Potter não é apenas uma bruxaria bobinha, onde seus personagens apenas jogam quadribol e voam em vassouras, ele apresenta também ocultismo, e ocultismo da pesada onde existem maus agouros e conjuros (maneira como um satanista evoca um espírito) em cemitérios. No quarto livro da série, Harry Potter é amarrado numa lápide de um cemitério onde é preparada uma poção com os seguintes ingredientes: o sangue de Harry Potter, o osso do cadáver do pai de Lord Voldemort (o bruxo malvado da série) e a carne do escravo Rabicho (que para isso amputou a sua própria mão direita). Tudo isso foi jogado dentro de um caldeirão. O resultado desse feitiço foi o ressurgimento do corpo do temível Lord Voldemort. Puxa! Conheço alguns ex-"pais de santo" que asseguram que realizavam cerimônias de despachos muito semelhantes a esta, em alguns cemitérios. Se os outros livros da série, a serem publicados, continuarem nesse mesmo ritmo, vai haver uma rivalidade muito grande entre os terreiros de macumba e o menino-bruxo!

2. O NATAL SEM CRISTO:
O feriado de Natal está presente na saga de Harry Potter, até existem na série, as trocas de presentes e árvores de Natal, porém sem qualquer menção ao nome do aniversariante: Jesus Cristo! Acredito que se trate de uma omissão proposital! Natal sem Cristo e só com bruxaria? Sem a verdadeira paz e esperança? Na Bíblia Sagrada, encontramos o seguinte relato com relação a proclamação dos anjos, ao anunciarem o nascimento do Salvador: "Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem" (Lucas 2.14). O natal sem Cristo proporciona apenas alegrias efêmeras e superficiais, mas carece de paz real para os homens.

3. FAMILIARIZAÇÃO COM IMAGENS GROTESCAS:
Quando era criança, um dos meus heróis era Rintintin, mas hoje é diferente. Atualmente, os heróis dos nossos filhos são quase sempre monstros deformados, grotescos e mutilados. O leitor de Harry Potter familiariza-se com um mundo tenebroso. Nestes tempos de Harry Potter, o imundo tornou-se lindo. Os heróis das nossas crianças podem ser aberrações monstruosas que se arrastam para fora dos esgotos, simulando inocência e fingindo tendências bondosas. Veja o que a Bíblia diz: "...que sociedade pode haver entre a justiça e a iniqüidade? Ou que comunhão, da luz com as trevas? Que harmonia, entre Cristo e o Maligno? Ou que união, do crente com o incrédulo?" (2 Coríntios 6.14-15).

4. DESRESPEITO AS REGRAS:
Harry Potter mente, trapaceia, quebra regras, desobedece às autoridades constituídas (dos tios e dos professores), porém, no final sempre se sai bem (na vida real, no entanto, não é bem assim). O que a Bíblia ensina sobre o nosso relacionamento com as autoridades? "Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque não há autoridade que não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por Ele instituídas" (Romanos 13.1).

5. VINGANÇA COMO VIRTUDE:
Harry Potter não conhece o que é perdoar ou dar a outra face. Ele tem um profundo ressentimento com seus tios cruéis. Em vez de perdoá-los, fica feliz em se vingar. Após ter sido bastante insultado por sua tia Guida, lançou um feitiço que fez a mesma começar a inchar como um balão e por pouco ela não estourou. Harry também não suporta seu colega rival, Draco Malfoy, e fica satisfeito quando o menino erra.
Harry Potter desconhece que existe um único Deus acima de tudo e de todos, portanto, se faz de ignorante acerca de que a vingança pertence ao Senhor e não ao ser humano. O Senhor Deus declara: "A mim me pertence a vingança" (Deuteronômio 32.35a).

6. DESESTÍMULO A BOA LEITURA:
Quem afirma isso é o norte-americano Harold Bloom, "o mais importante crítico literário em atividade", em entrevista à revista Veja: "A linguagem é um horror. [...] E o livro inteiro é assim, escrito com frases desgastadas, de segunda mão".
Meu amigo Jehozadak Pereira, articulista do jornal A Tarde e do site Aleluia, autor do livro "O Que São Temperamentos?", é bem mais incisivo em um artigo na internet: "A temática de Harry Potter é profundamente mística e inteiramente comprometida com bruxaria, feitiçaria e esoterismo, e é apresentada como literatura mimetizada em contos pueris, quando na realidade é perversa e advinda do inferno."
Que este artigo não seja apenas mais uma crítica, mas que contribua para que os leitores reflitam e sejam cuidadosos, incentivando muitos a desmascarar esse sutil engano que se infiltra em nosso meio, para que juntos possamos arrancar mais uma máscara sorridente da face do mal. Por trás de um manto de ingenuidade, a série Harry Potter tem seus dentes e garras sujos de sangue, pois nela está disfarçado o próprio inimigo das nossas almas. Lembre-se... nestes tempos de Harry Potter o alerta de Jesus Cristo é muito oportuno: "Vê, pois, que a luz que há em ti não sejam trevas" (Lucas 11.35).

"Porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes" (Efésios 6.12).

Meus filhos adolescentes, estudam em um ótimo curso de inglês da cidade e todo ano é a mesma história: ao término da última aula do mês de outubro, os professores relembram a todos os alunos para participarem da festa de Halloween a ser realizada na noite de 31 de outubro. "Happy Halloween, class!" ("Feliz Halloween, turma!"), conclui o entusiasmado professor. Anteriormente a festividade era realizada no auditório, mas no ano passado foi no prédio anexo. Uma semana antes do Halloween o mesmo transformou-se em uma casa mal-assombrada, que ficou coberta de plásticos e tecidos pretos e por vários desenhos escabrosos que lhe davam um aspecto de terror. Será que Halloween é realmente uma festa feliz ("happy")? Ou será que há ocultismo da pesada nas suas origens? Será que essa festa envolve celebrações fúnebres, consultas aos mortos, louvor à "divindade" da morte e negociatas com entidades do mundo tenebroso? Será que é um evento tão ingênuo como se diz?

A ORIGEM DO HALLOWEEN:
O calendário da bruxaria resume-se no relacionamento da "Grande Deusa" (representada pela Lua e que nunca morre) com seu filho, o "deus Chifrudo" (representado pelo Sol e que a cada ano nasce no dia 22 de dezembro e morre no dia 31 de outubro).[1]
Na roda do ano Wicca (o novo nome dado a bruxaria moderna), o dia 31 de outubro é o grande sabá (festa) de Samhain (pronuncia-se "sou-en"). Nessa época tudo já floresceu e está perecendo ou adormecendo (no Hemisfério Norte): "O sol se debilita e o "deus chifrudo" está à morte. Oportunamente, chega o ano novo da Wicca, corporificando a fé de que toda morte traz o renascimento através da deusa."[2]
O que é Samhain? É uma palavra de origem celta para designar "O Senhor da Morte". Os celtas dedicavam esse último dia de outubro para celebrar a "Festa dos Mortos".
Alto lá! Então, os professores de inglês, ao desejarem um "Happy Halloween!", estão, na verdade, desejando um "feliz" Samhain? Ou seja, uma "feliz" festa dos mortos? Um "feliz" ano novo da bruxaria? Um "feliz" dia da morte do "deus Chifrudo"?
Se todo esse pacote é oriundo da religião celta e foi incorporado às doutrinas da bruxaria moderna, então precisamos conhecer mais sobre os celtas.

Os CELTAS E O CULTOS AOS MORTOS:
O que hoje chamamos de Halloween era o festival celta de Samhain, o "deus dos Mortos". É possível rastrear as origens das tribos celtas até a cultura de Túmulos da Idade do Bronze, que atingiu o seu apogeu por volta de 1200 a.C. Contudo, os celtas não figuram como povo distinto e identificável até a época do período de Hallstatt (dos séculos VII a VI a.C.).[3]
Durante o período de Hallstatt, os celtas espalharam-se pela Grã-Bretanha, Espanha e França. O ano novo deles começava no dia 1º de novembro. O festival iniciado na noite anterior homenageava Samhain, "O senhor da Morte". Essa celebração marcava o início da estação de frio (no Hemisfério Norte), com menos períodos de sol e mais períodos de escuridão. Os celtas acreditavam que durante as festividades de Samhain, os espíritos dos seus ancestrais sairiam dos campos gelados e dos túmulos para visitar suas casas e cabanas aquecidas. Os celtas criam que teriam de ser muito receptivos e agradáveis para com os espíritos, pois os bons espíritos supostamente protegeriam suas casas contra os maus espíritos durante aqueles meses de inverno. Os celtas tinham medo do Samhain. Para agradar-lhe, os druidas, que eram os sacerdotes celtas, realizavam rituais macabros. Fogueiras (feitas de carvalhos por acreditarem ser essa uma árvore sagrada) eram acessas e sacrifícios eram feitos em homenagem aos deuses.[4] Criminosos, prisioneiros e animais eram queimados vivos em oferenda às divindades. Os druidas criam que essa era a noite mais propícia para fazer previsões e adivinhações sobre o futuro. Essa era a única noite do ano onde a ajuda do "senhor da Morte" era invocada para tais propósitos. Um dos rituais para desvendar o futuro consistia da observação dos restos mortais dos animais e das pessoas sacrificadas. O formato do fígado do morto, em especial, era estudado para se fazer prognósticos acerca do novo ano que se iniciava. Essa prática ocultista aparece no Antigo Testamento sendo realizada pelo rei da Babilônia: "Porque o rei da Babilônia pára na encruzilhada, na entrada dos dois caminhos, para consultar os oráculos: sacode as flechas, interroga os ídolos do lar, examina o fígado" (Ezequiel 21.21). Então, quando os professores de inglês desejam "Happy Halloween!" à classe, estão indiretamente desejando que seus educandos façam negociatas com espíritos do mundo sobrenatural que supostamente controlam os processos da natureza. E mais: que seus pupilos apaziguem e acalmem os espíritos maus, pedindo proteção aos espíritos bons durante aquele novo ano.

OS PRINCIPAIS SÍMBOLOS DO HALLOWEEN:
Com a migração dos ingleses, e especialmente dos irlandeses, para os Estados Unidos, no século XIX, Halloween foi pouco a pouco tornando-se popular na América.

a) "The Jack O’Lantern" (A Lanterna de Jack)

Esse é o nome daquela abóbora (jerimum, no Norte e Nordeste) esculpida com uma face demoníaca e iluminada por dentro. Conta-se uma história de que Jack era um irlandês todo errado, que gostava de aprontar com todo mundo e chegou a enganar até o próprio Satanás. Quando Jack morreu, não foi permitida sua entrada no céu, nem no inferno. Satanás jogou para ele uma vela para iluminar seu caminho pela terra. Jack acendeu a vela e a colocou dentro de um nabo, fazendo uma lanterna para si. Quando os irlandeses chegaram aos Estados Unidos, encontram uma carência de nabos e uma abundância de abóboras. Para manter a tradição durante o Halloween, passaram a utilizar abóboras no lugar de nabos.

b) "Apple-ducking [bobbing for apples]" (maçãs boiando)

Esse é o nome de um ritual que foi incorporado às celebrações de Halloween depois que os celtas foram dominados pelos romanos. É uma homenagem a Pomona, a deusa dos frutos e das árvores, que era louvada na época da colheita (novembro). Os antigos geralmente a desenhavam sentada em uma cesta com frutos e flores. A maçã era uma fruta sagrada para a deusa. Maçãs ficavam boiando em um barril com água, enquanto as pessoas mergulhavam seu rosto nela tentando segurá-las com os dentes. Depois faziam adivinhações sobre o futuro, com base no formato da mordida.

c) "Trick or Treat" (Travessura ou Trato)

Dos 15 aos 19 anos de idade vivi nos estados de Indiana e do Tennessee vendo a mesma cena se repetir várias vezes na noite de 31 de outubro. Crianças da vizinhança, fantasiadas de vários monstros, batiam à porta e, ao abrirmos, elas nos indagavam: – "Trick or Treat?". Se respondêssemos "trick!", elas iniciavam uma série de travessuras como sujar a grama em frente da casa com papéis e lixo, jogar ovos no terraço, além de sairem gritando ofensas ingênuas. Respondendo "treat!", nós lhes dávamos alguns confeitos e elas saíam contentes e felizes em direção à próxima casa.
O que não sabíamos naquela ocasião, mas sei agora, é que aquelas criancinhas simbolizavam os espíritos dos mortos que supostamente vagueavam naquela noite procurando realizar maldades (travessuras) ou em busca de bom acolhimento (bons tratos). Os celtas deixavam comidas do lado de fora das casas para agradar os espíritos que passavam. Ao recebermos aquelas criancinhas ingênuas nas nossas casas, estávamos simbolicamente realizando negociatas com principados e potestades do mundo tenebroso, da mesma forma que os celtas faziam na Antigüidade. Algumas pessoas afirmam que a tradição de "trick or treat" não retrocede aos celtas, sendo mais recente, introduzida pela Igreja Católica européia no século IX. Na noite anterior ao "Dia de Todos os Santos" (1º de novembro) alguns mendigos iam de porta em porta solicitando "soul cakes" (bolos das almas) em troca de rezas pelas almas dos finados daquela família. Quanto mais bolos recebiam, mais rezas faziam.
Como uma festividade pagã em honra ao "senhor da Morte" e celebrada em memória à morte do "deus Chifrudo" foi se infiltrar na Igreja Católica Romana?

A IGREJA CATÓLICA PASSOU A CHAMAR ESTA FESTA DE HALLOWE' EN
Em 43 d.C., os romanos dominaram os celtas e governaram sobre a Grã-Bretanha por cerca de 400 anos. Assim, os conquistadores passaram a conviver com os rituais dos celtas. Durante séculos, a Igreja Católica Romana celebrava "O Dia de Todos os Mártires" em 13 de maio. O papa Gregório III (papado de 731-741), porém, dedicou a Capela de São Pedro, em Roma, a "todos os santos" no dia 1º de novembro. Assim, em 837, o papa Gregório IV introduziu a festa de "Todos os Santos" no calendário romano, tornando universal a sua celebração em 1º de novembro. A partir de então deixou-se de celebrar o "Dia dos Mártires" em maio. Na Inglaterra medieval esse festival católico ficou conhecido como "All Hallows Day" ("Dia de Todos os Santos"). A noite anterior ao 1º de novembro era chamada "Hallows Evening", abreviada "Hallows’ Eve" e, posteriormente, "Hallowe’en". Mais de um século após instituir o "Dia de Todos os Santos", a Igreja Católica, através da sua Abadia de Cluny, na França, determinou que o melhor dia para se comemorar o "Dia dos Mortos" era logo após o "Dia de Todos os Santos". Assim, ficou estabelecido o "Dia de Finados" no dia 2 de novembro. Para a Igreja Católica, a noite de "Hallowe’en", o "Dia de Todos os Santos" e o "Dia de Finados" são uma só seqüência e celebram coisas parecidas: A honra e a alma dos mortos! O catolicismo tenta fazer o "cristianismo" e o paganismo andarem de mãos dadas!

CONCLUSÃO:
Meus queridos professores de inglês, o que há de tão "happy" no Halloween? Onde está a suposta felicidade transmitida pela festa de Samhain? Pessoalmente, não consigo enxergar nada além de trevas espirituais. Para quem não sente prazer com o sofrimento, "divertida" é uma palavra pouco apropriada para descrever a festa de Samhain, marcada pela angústia, pelo medo, pela depressão, além das piores crueldades e contatos com um mundo espiritualmente tenebroso. Nem os celtas simpatizavam com a festa de Samhain. O Halloween é uma abominação pagã, que leva as crianças a se familiarizarem com o sadismo na infância, e desperta o que existe de pior dentro de cada adolescente. É o avesso das relações sociais equilibradas! É a fusão com a distorção de valores do mundo cão, onde seus participantes tornam-se vítimas espiritualmente impotentes!
O profeta Isaías nos adverte: "Quando vos disserem: Consultai os necromantes e os adivinhos, que chilreiam e murmuram, acaso, não consultará o povo ao seu Deus? A favor dos vivos se consultarão os mortos? À lei e ao testemunho! Se eles não falarem desta maneira, jamais verão a alva" (Isaías 8.19-20). Meu querido leitor, a opção é sua: consultar aqueles que tagarelam e consultam mortos e adivinhos ou confiar no que diz a Lei do Senhor. A Bíblia é clara na opção que devemos seguir: "Não se achará entre ti quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro; nem encantador, nem necromante, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao SENHOR; e por estas abominações o SENHOR, teu Deus, os lança de diante de ti. Perfeito serás para com o SENHOR, teu Deus" (Deuteronômio 18.10-13).
Estamos vivendo em tempos de perversão coletiva, onde a face enganosa de Satanás se manifesta algumas vezes de forma descarada, mas muitas vezes sutilmente e camuflada por trás de um ingênuo "Happy Halloween!".
Que Deus nos livre do mal. Amém. (Dr. Samuel Fernandes Magalhães Costa - http://www.chamada.com.br)

Bibliografia:

1. Mistérios do Desconhecido: Bruxas e Bruxarias. Time-Life Books Inc. Edição em língua portuguesa publicada pela Abril Livros Ltda, Rio de Janeiro, RJ, 1994, página 123.
2. Idem.
3. Grimassi, Raven, Os Mistérios Wiccanos (Antigas Origens e Ensinamentos). Editora Gaia Ltda. São Paulo, SP, 2000, página 24.
4. Id., página 170.

Publicado anteriormente na revista Chamada da Meia-Noite, setembro de 2004.

DESCAMINHO DAS ÍNDIAS (A VERDADE QUE A TV NÃO CONTA)

Enquanto uma novela conquista o público, difundindo o hinduísmo, a maioria dos telespectadores não tem noção da realidade dessa religião, que está por trás da maior parte das idéias da Nova Era.

QUANDO OS DEUSES SE ENGANAM
O que pensar de um deus que corta a cabeça de um menino por engano e em troca lhe dá uma cabeça de elefante? Deuses que se enganam são deuses vãos. Eles não são confiáveis. Mesmo assim, têm adoradores que se sacrificam por eles:
Na revista alemã Der Spiegel apareceu a história de um adolescente indiano de 16 anos que decidiu fazer uma oferenda singular ao deus Shiva[1]. Sua peregrinação ao templo Trinath em Rourkela, na Índia, durou dez semanas. “Você jamais será alguém na vida!”, costumava dizer seu pai. Aswini Patel andava sempre sozinho e não era muito popular na escola, nem entre as crianças da vizinhança. Em casa, ele tinha de escutar acusações constantes de ser pouco inteligente e preguiçoso. Finalmente, ele decidiu não ouvir mais as ordens de ninguém. Ele decidiu que iria ouvir somente aos deuses. Aswini era especialmente fascinado por Shiva, o deus de muitos braços. Foi Shiva que, por engano, cortou a cabeça do filho de sua mulher. Em troca, deu-lhe uma cabeça de elefante. Assim surgiu um novo deus, chamado Ganesha. Essa história impressionou muito a Aswini.

O "dEUS" SHIVA
No começo de maio de 2008, depois de uma viagem penosa, o jovem finalmente chegou ao templo cinzento de Shiva. Tirou uma lâmina de barbear de seu bolso, olhou bem para o pequeno deus de pedra e murmurou: “Senhor Shiva”. Aí estendeu sua língua e cortou um pedaço dela, depositando-o como oferenda ao lado da estátua do seu ídolo. Seu grito de dor chamou a atenção da esposa de um sacerdote, que o socorreu. Algum tempo depois, a polícia levou Aswini ao hospital, onde foi imediatamente operado. Quando seu pai chegou no dia seguinte, só abraçou seu filho. Não o xingou nem o repreendeu pelo que tinha feito. Apenas disse que o rapaz era maluco e que tudo iria ficar bem. Os médicos explicaram que Aswini voltaria a falar em alguns meses e que o resto de sua língua iria se readaptar para articular as palavras.
A Bíblia deixa bem claro: “Que digo, pois? Que o sacrificado ao ídolo é alguma coisa? Ou que o próprio ídolo tem algum valor? Antes, digo que as coisas que eles sacrificam, é a demônios que as sacrificam e não a Deus; e eu não quero que vos torneis associados aos demônios” (1 Co 10.19-20). É muito triste que um jovem de origem humilde tenha feito algo assim. Desprezado pelos conhecidos, impelido pelas religiões ao seu redor, movido pela esperança de uma vida melhor e em busca de atenção e afeto, Aswini se dispôs a um sacrifício dolorido. Mas, por trás desse gesto está toda a cruel realidade do demonismo, da fúria destrutiva de Satanás, de seu engano e de suas impiedosas mentiras.
O jovem fez uma longa viagem e se dispôs a sacrificar um pedaço de sua língua a um deus que, por engano, cortou a cabeça do filho de sua mulher, dando-lhe em troca uma cabeça de elefante. Que deus é esse que se engana dessa forma e nem percebe estar matando seu próprio enteado? Na verdade, esses ídolos não são capazes de coisa nenhuma, pois não podem absolutamente nada, nem mesmo agir por engano:
“No céu está o nosso Deus e tudo faz como lhe agrada. Prata e ouro são os ídolos deles, obra das mãos de homens. Têm boca e não falam; têm olhos e não vêem; têm ouvidos e não ouvem; têm nariz e não cheiram. Suas mãos não apalpam; seus pés não andam; som nenhum lhes sai da garganta. Tornem-se semelhantes a ele os que os fazem e quanto neles confiam” (Sl 115.3-8).

O demonismo que está por trás dos ídolos é que impele as pessoas a atos tresloucados como o desse jovem indiano. Muitos sofrem com compulsões demoníacas por buscarem sua salvação nos lugares errados, ao invés de procurarem auxílio em Deus, que se revelou em Jesus Cristo e quer ajudar a cada um em qualquer situação. Como é diferente desses falsos deuses aquilo que Pedro diz de Jesus: “Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras da vida eterna” (Jo 6.68). Suas palavras poderiam ser transcritas assim: “Senhor, a quem poderíamos nos dirigir? Teria de haver alguém maior do que Tu! Mas não há ninguém. Tua grandeza suprema se mostra não em símbolos nem em sinais e milagres, mesmo que estes Te acompanhem, mas naquilo que Tu dizes e com o que Tu nos dás pela Tua Palavra. Tu tens as palavras da vida eterna, essa é a grande diferença. Ninguém do mundo visível ou invisível pode tentar comparar-se contigo. Ninguém é mais importante, mais consistente ou mais significativo do que Tu, e ninguém pode dar o que Tu dás. Diante de Ti todos os grandes deste mundo somem na insignificância. Por isso, está fora de questão para quem iremos e a quem nos dirigiremos com todo o nosso ser”.
Muitos sofrem com compulsões demoníacas por buscarem sua salvação nos lugares errados, ao invés de procurarem auxílio em Deus, que se revelou em Jesus Cristo e quer ajudar a cada um em qualquer situação.
No lugar de tentarmos ofertar alguma coisa a Deus tentando agradá-lO, foi Ele que se ofereceu em sacrifício através de Jesus Cristo (2 Co 5.18-19). Por meio desse sacrifício em nosso lugar recebemos o perdão dos nossos pecados e uma vida santificada, além de sermos considerados aperfeiçoados diante de Deus, em Jesus:
PERDÃO: “...agora... ao se cumprirem os tempos, se manifestou uma vez por todas, para aniquilar, pelo sacrifício de si mesmo, o pecado” (Hb 9.26).

SANTIFICAÇÃO: “Nessa vontade é que temos sido santificados, mediante a oferta do corpo de Jesus Cristo, uma vez por todas” (Hb 10.10).

PERFEIÇÃO: “Porque, com uma única oferta, aperfeiçoou para sempre quantos estão sendo santificados” (Hb 10.14).

Quem aceita, de forma pessoal, pela fé, o sacrifício de Jesus, passa a usufruir de todo o agrado de Deus: “pois eles mesmos, no tocante a nós, proclamam que repercussão teve o nosso ingresso no vosso meio, e como, deixando os ídolos, vos convertestes a Deus, para servirdes o Deus vivo e verdadeiro e para aguardardes dos céus o seu Filho, a quem ele ressuscitou dentre os mortos, Jesus, que nos livra da ira vindoura” (1 Ts 1.9-10).

ECOLOGIA ESOTÉRICA

"Inculcando-se por sábios, tornaram-se loucos e mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, bem como de aves, quadrúpedes e répteis. Por isso, Deus entregou tais homens à imundícia, pelas concupiscências de seu próprio coração, para desonrarem o seu corpo entre si; pois eles mudaram a verdade de Deus em mentira, adorando e servindo a criatura em lugar do Criador, o qual é bendito eternamente. Amém" (Romanos 1.22-25).

A sala de aula tem galhos e folhas espalhados pelo chão. A professora solicita aos alunos que se comuniquem com supostos espíritos contidos nas árvores, plantas e animais, e durante o recreio as crianças erguem os braços em direção ao sol para serem "energizadas". Você está pensando que esta é uma típica sala de aula em uma escola do ensino fundamental em Bombaim, Calcutá, Nova Déli, ou em qualquer outra cidade indiana? Errou! Estou me reportando a uma escola recifense, no Nordeste do Brasil, em pleno século XXI. É até louvável plantar árvores no Dia da Terra (22 de abril), do Meio Ambiente (5 de junho) e da Árvore (21 de setembro). E não existe nada de errado em plantar uma árvore todos os dias do ano, desde que a motivação seja correta.
A natureza é criação do nosso maravilhoso Pai Celestial. Cuidar dos diversos ecossistemas e preservar a natureza é dever do cristão. Deus entregou essa responsabilidade ao homem desde o início do planeta Terra (Gênesis 1.26 a 31). Mas os esotéricos, seguindo os passos do hinduísmo, estão mais e mais colocando a ênfase maior na criação e não no Criador. No cristianismo só existe um único Deus, transcendental e separado da natureza. No esoterismo, Deus é a natureza e está dentro de cada elemento da criação (isso é panteísmo, uma velha doutrina do hinduísmo). Os místicos jogaram fora o conceito de um Deus único, Criador e transcendental, e advogam a deificação do homem e da natureza. A exemplo do hinduísmo, os místicos passaram a afirmar que existem espíritos dentro de cada elemento da natureza e incentivam as pessoas a se comunicarem com eles. O pior é que muitos místicos não aceitam que os espíritos que induzem as pessoas a pensar que estão infiltrados em plantas, rios, animais, entre outros elementos da natureza, são maus (demônios). Essas entidades da maldade podem se disfarçar de boazinhas e comunicar-se com as pessoas. Do ponto de vista do cristianismo, se alguém consegue dialogar com algum elemento da natureza, sem dúvida está se comunicando com algum tipo de criatura angelical do mal disfarçada, e jamais com um espírito inerente à própria natureza.

LOUVAI A "DEUSA MÃE-TERRA?"
Os esotéricos acreditam que o universo está no período de transição entre a Era de Peixes e a Era de Áquario (que é a "Nova Era"). Durante a Era de Peixes, segundo os místicos, o mundo foi influenciado pelo aspecto masculino racional e destrutivo do cristianismo. Afirmam também que a Nova Era será regida pelo aspecto feminino intuitivo do esoterismo. Os neopagãos esperam que a era feminina irá curar o mundo. Para eles, a era masculina tem sido um período de relacionamentos quebrados e destrutivos. Os apologistas cristãos Russ Wise e Tal Brooke, em um artigo intitulado Goddess Worship (Culto à Deusa), afirmam:
Rosemary Radford Ruether, no seu livro Womanguides: Readings Toward a Feminist Theology (Guias para a Mulher: Leituras em Direção a uma Teologia Feminista), mostra a quem devemos buscar para salvação no novo credo: "é nas mulheres que procuramos a salvação nas águas restauradoras e curativas de Aquarius. É para tal Nova Era que olhamos agora com esperança, enquanto a presente era de masculinismo é bem-sucedida em se auto-destruir". É um evangelho ginecocêntrico.
De acordo com Starhawk, uma bem conhecida autora e auto-proclamada bruxa feminista, residente em Berkeley: "o simbolismo da deusa não é uma estrutura paralela para o simbolismo de Deus o Pai. A deusa não governa o mundo; ela é o mundo.’ Para que esta era feminina venha a uma total fruição, uma mudança de consciência tem de ocorrer no mundo, uma mudança no pensamento que produzirá a deusa".[1]
A personificação da Terra é conhecida como teoria Gaia. Gaia é a deusa da Terra na mitologia grega e romana – a "Mãe Terra!"
Starhawk, a bruxa feminista já citada, relatou no seu livro The Spiral Dance (A Dança Espiral):
O modelo de Deusa, que está imanente na natureza, nutre respeito pela santidade de todas as coisas vivas. Sem dúvida, ela é Gaia, a Deusa da Terra. Em decorrência disso, a bruxaria reivindica ser a religião da ecologia. Reivindica que seu alvo é a harmonia com a natureza para que a vida não apenas sobreviva, mas seja bem sucedida.[2]
Indubitavelmente, o atual movimento naturalista em defesa do meio ambiente está fortemente influenciado por bruxas, esotéricos e muita gente que defende crenças neopagãs. Os nova erenses prometem reintroduzir o aspecto sagrado à Terra que dizem ter sido propositadamente destruído pelo mundo cristão. Os místicos acreditam que sararão a Terra de todos os problemas que lhe foram supostamente causados pelo Deus da Bíblia e Seus seguidores. Na verdade, a Terra só é sagrada quando vista sob o prisma das religiões pagãs orientais. No cristianismo, a Terra é criação de Deus e jamais lhe foi dado um espírito e tampouco o título de divindade. Se o cristão colocar uma lupa sobre essa Gaia (a deusa Terra), vai observar o inevitável: ela tem seus dentes e garras sujos de sangue, pois é o próprio inimigo das nossas almas disfarçado.

A "DEUSA" EM NÓS
Os esotéricos ensinam que "Gaia", a deusa Terra, somos nós e nós somos ela. Acreditam que todos são um, pois todos surgiram supostamente de uma única célula (monogênese). Preste atenção a um pequeno trecho de um discurso que se tornou símbolo de campanhas ecológicas, atribuído ao chefe índio Seattle em 1854, endereçado a um representante do governo dos Estados Unidos da América: "Tudo o que acontecer à Terra acontecerá aos filhos da Terra. Se os homens cospem no solo, estão cuspindo em si mesmos".
Alguém dificilmente deixaria passar despercebida a semelhança entre a declaração do líder indígena acima, a doutrina hindu que prega que somos um com os elementos da natureza e com Deus (monismo) e as afirmações nova-erenses de que devemos cultuar a "Mãe Natureza"e identificar-nos com ela. São dogmas idênticos de culturas pagãs diferentes. São todas crenças pagãs que prestam reverência à criação e aos supostos espíritos contidos na criação, em vez de ao Deus pessoal que nos criou. O movimento esotérico em prol do meio ambiente acredita que a humanidade é produto de forças evolucionais inerentes ao próprio universo. Baseados nessa teoria, deveríamos nos re-sintonizar com a natureza, "Nossa Mãe", em vez de nos reconciliarmos com o nosso Deus. Os nova erenses têm adotado o ponto de vista dos xamãs, de muitos pajés indígenas e dos místicos do Oriente de que o universo é uma entidade viva, da qual somos todos partes integrantes. Portanto, acreditam que nos tornamos completos quando nos re-ligamos com a natureza ou a "Mente Universal".
Os já citados apologistas cristãos, Russ Wise e Tal Brooke, afirmam:
Acreditam que a deusa reside dentro do ser humano e necessita simplesmente ser despertada. Então Starhawk [...] afirma que o indivíduo pode despertar a deusa apenas invocando e convidando que a sua presença se manifeste: "Invocar a Deusa é despertar a Deusa dentro de nós, [...] é este aspecto que nós invocamos. Uma invocação canaliza poder através da imagem da Divindade visualizada".
Starhawk continua: "Nós já somos um com a Deusa – ela tem estado conosco desde o início, então a plenitude se torna... uma questão de auto-consciência. Para as mulheres, a Deusa é o símbolo do mais íntimo da pessoa. Ela desperta a mente, o espírito e as emoções".[3]

A NATUREZA NEM SEMPRE É BOA
Dave Hunt é um dos mais respeitáveis apologistas cristãos da atualidade e um estudioso sobre ocultismo. No livro Occult Invasion, Hunt nos adverte:
Um dos caminhos mais aceitos e seguros que leva ao ocultismo nos dias atuais é o movimento de volta para a natureza em nome da preservação ecológica do nosso planeta. A Terra tem sofrido muitos danos nocivos em conseqüência do descuido e da avareza da humanidade. Enquanto as nações industrializadas têm de levar sua cota de culpa, algumas das piores poluições e destruições têm ocorrido em terras comunistas, como também em países em desenvolvimento no Terceiro Mundo. Além disso, poluição (tais como aquelas causadas por erupções vulcânicas) e destruições (tais como pragas das plantas e insetos, incêndios de florestas causadas por raios ou pragas) são partes integrantes da própria natureza.
No entanto, a ilusão popular de que qualquer coisa ’natural’ é necessariamente benéfica, tem ganho aceitação incontestada. Parece que foi ignorado que nada é mais natural do que doença, sofrimento, morte e desastres naturais (furacões, terremotos, secas, enchentes, apenas para citar alguns). De fato, é contra estas destruições regularmente provocadas pela natureza que a humanidade tem desesperadamente lutado para se proteger e, fazendo isso, tem chegado até o presente nível de civilização.
Parece mais do que irônico que após os homens terem lutado por séculos contra as forças da natureza, algumas vezes mortais e freqüentemente antagônicas, há agora um movimento crescente e popular conclamando uma parceria com estas mesmas forças.[4]
A proposta de parceria com a natureza soa convidativa, mas não confortaria e tampouco enxugaria as lágrimas dos milhares de familiares que perderam seus entes queridos vitimados pela fúria da natureza. Sejam sufocados e putreficados sob os escombros e entulhos provocados pelos terremotos avassaladores que atingiram a Turquia e a Índia; esmagados pelos destroços deixados por furacões na Flórida; de inanição nas secas do Nordeste ou afogados nas enchentes do Sul do Brasil. Para aquelas e outras vítimas da natureza, a "deusa Gaia" não poderia ter sido mais cruel, malvada e impiedosa.

CONCLUSÃO: FIQUEM DE OLHOS BEM ABERTOS...
Minha filha Monique, aos onze anos de idade, cursava a quinta série do ensino fundamental e foi solicitada pelo seu professor de artes a desenhar um "tema livre" em uma blusa de malha. Sem qualquer influência minha, Monique desenhou o globo terrestre. Acima do globo escreveu: "Deus o criou". E logo abaixo colocou: "perfeito e devemos preservá-lo". Observando aquela singela obra de arte feita por uma pré-adolescente, meditei: essa é a simplicidade que exige reflexão e qualidade! É uma mensagem com uma profundidade espiritual tremenda! É uma mensagem contemporânea! É a correta cosmovisão do cristão! É um lema para uma preservação ecológica cristã!
É exatamente o inverso da pregação esotérica que nos ensina a preservar o planeta Terra como um método para descobrirmos o deus que supostamente somos. A ecologia esotérica apregoa que preservando a natureza vamos despertar em nós a deusa Gaia. Aceitar essa doutrina mística é beber profundamente no poço pagão do hinduísmo. Do prisma cristão, é ser tão míope ao ponto da criatura querer ser igual ao seu Criador. É cair no conto da serpente do Éden: "sereis iguais a Deus" (Gênesis 3.5). É transformar-se em um "Frankenstein" espiritual. Seduzir as crianças para o ocultismo através da ecologia esotérica é, sem dúvida, uma armadilha bastante atraente usada por Satanás. Aceitar essa doutrina mística é beber profundamente no poço pagão do hinduísmo. Do prisma cristão, é ser tão míope ao ponto da criatura querer ser igual ao seu Criador. É cair no conto da serpente do Éden: "sereis iguais a Deus" (Gênesis 3.5). É transformar-se em um "Frankenstein" espiritual. Como pais e avós evangélicos devemos ficar, mais do que nunca, de olhos bem arregalados, vigiando as escolas e os professores dos nossos filhos e netos. Mas para isso é preciso que os pais e avós saibam discernir a ecologia sadia da esotérica. Apoiar e incentivar a preservação da natureza de maneira espiritualmente correta é fundamental! Da mesma forma, execrar e criticar aquelas noções que seduzem nossas crianças para o misticismo, é essencial!
Atenção, papais e mamães... fiquem de olhos bem abertos! Nossos filhos estão sendo galanteados por uma ecologia esotérica parida do hinduísmo e endossada pela Nova Era.
As escolas que passam noções esotéricas para os alunos são como um flautista de Hamelin de início de milênio. Só que, em vez de atrair as crianças para o rio Weser com o som de uma flauta, pode levá-las para o lago que arde com fogo e enxofre.
Atenção, liderança cristã... os modismos da igreja cristã seguem, com algum atraso, os da cultura secular. Preservar o meio ambiente está na crista da onda. Os cristãos devem, portanto, ter bastante cautela antes de se engajar no modismo do ambientalismo. Preservar os diversos ecossistemas é bom demais, mas preservar a fé é ainda melhor. Que as várias manifestações da natureza possam nos quebrantar diante da majestade do Criador: "Quando vejo os teus céus, obra dos teus dedos, a lua e as estrelas que preparaste, que é o homem mortal para que te lembres dele? [...] Senhor, Senhor nosso, quão admirável é o teu nome sobre toda a Terra!" (Salmo 8.3-9). (Dr. Samuel Fernandes Magalhães Costa - http://www.chamada.com.br)

Notas:

1. Artigo "Goddess Worship", Spiritual Counterfeits Project Newsletter. Berkeley, California, USA, volume 23:2, Winter 1998/99, páginas 1 e 4.
2. Starhawk, The Spiral Dance. Harper and Row, New York, USA, 1989, página 23.
3. Artigo "Goddess Worship", Spiritual Counterfeits Project Newsletter, página 9.
4. Hunt, Dave, Occult Invasion. Harvest House Publishers, Eugene, Oregon, USA, página 131.

Publicado anteriormente na revista Chamada da Meia-Noite, julho de 2005.